Operador de máquinas preso por engano é solto quatro meses depois em Juazeiro do Norte, no Ceará
13/12/2024
Reginaldo Pereira da Silva tem o mesmo nome de suspeito de estupro ocorrido em Sobral. Operador de máquinas preso por engano comemora saída da prisão após quatro meses, no Ceará
Um homem de 45 anos foi solto, nesta quarta-feira (11), quatro meses após ser preso por engano, em Juazeiro do Norte, no Cariri do Ceará. Reginaldo Pereira da Silva chegava em casa, no dia 8 de agosto de 2024, quando foi preso por policiais civis, no bairro Antônio Vieira — um dia antes do aniversário dele.
Ele teria sido confundido com um outro homem que possui o mesmo nome e que está foragido por ter estuprado a própria sobrinha em Sobral, na região norte do Ceará. O g1 procurou a Polícia Civil do Estado do Ceará sobre o caso, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem. O Tribunal de Justiça disse que o processo está em segredo de Justiça e não pode passar mais detalhes sobre o caso.
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Ansiosos, familiares foram até a Cadeia Pública de Juazeiro do Norte aguardar a saída do operador de máquinas e aos gritos de "inocente", ele foi recepcionado por todos. "Estava com muita ansiedade e nervosa, já para entrar em depressão. Mas graças a Deus, deu tudo certo, foi provada a inocência dele", declarou a esposa Maria Marilúcia Campos.
De acordo com um dos advogados de defesa, houve falhas no reconhecimento de Reginaldo Pereira como o suspeito do crime. "O juiz designou uma audiência específica para que a vítima visse por meio de videoconferência o Reginaldo que estava na cadeia pública, mas a imagem era de péssima qualidade, um ambiente escuro, inclusive com grades, não tinha como identificar que ali era o real autor. A vítima viu numa qualidade horrível”, explicou o advogado Rômullo Sthefânio.
Operador de máquinas preso por engano é solto quatro meses depois em Juazeiro do Norte, no Ceará.
Reprodução
Para Reginaldo, foram quatro meses angustiantes. “Foi horrível, angustiante, com medo do que poderia acontecer com a minha vida, por um crime que eu nunca cometi, numa cidade que eu nunca fui. Eu fiquei em choque”, lamentou o operador de máquinas.
Para os advogados, a identificação de parentes da vítima de estupro foi essencial para provar a inocência do operador de máquinas. "O que foi preponderante para chegarmos à liberdade do Reginaldo foi conseguirmos identificar familiares do real autor do crime”, explicou o advogado Roberto Duarte.
Na audiência virtual, uma testemunha acabou dizendo para o magistrado que a pessoa que ele via na tela do computador, não era o autor do crime. A partir dessa testemunha, conseguimos chegar ao nome do pai da vítima e à vítima", ressaltou o advogado.
Agora em casa, o operador de máquinas desejou reparação do caso dele e retormar a vida com a família. "Eu gostaria que as autoridades investigassem mais. Peço justiça. Só por causa de um nome eu fui preso, sem averiguar CPF e RG. Meus planos é retomar a minha vida com minha família, de estar bem psicologicamente e estruturalmente com a minha família", complementou.
Homem fica preso por 4 meses por engano
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